segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Trabalho: Informalidade x problema cultural

Foto: Roney Domingos



Em 2010 o índice habitacional do Brasil atingiu o número de 192.924.526 habitantes, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estastística (IBGE). O ano foi marcado por altas no mercado com carteira assinada, tendo sido criados cerca de 2,4 milhões de empregos, segundo dado divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Entretanto o mercado não consegue contemplar a maior parte desta fatia. Em pesquisa divulgada em 8 de setembro de 2010 pela Fundação Getúlio Vargas, o Produto Interno Bruto informal ainda corresponde ao valor de R$ 578 milhões.

Contextualizar esta situação em São Paulo é uma tarefa complexa, visto que mesmo funcionários com carteira assinada, trabalham por fora para garantir um verba 'extra'. Este é o exemplo de Nilse Chagas, 42, ajudante de cozinha em uma creche da zona norte da capital e que aos finais de semana, retoma alguns 'frilas' como diarista, trabalho que sempre teve grande clientela. "Consegui o emprego, mas ainda assim a gente acaba precisando pegar um pouco por fora. É muita conta pra pouco dinheiro e faço pelo vínculo de amizades que fiz com algumas pessoas", explica.

Evelyn Queiroz é assistente de artes e profissional freelancer. Sua dinâmica em controlar os gastos se dá à medida em que o seu mercado permite: "Geralmente me programo comprando sempre a mais do que eu preciso. É um mercado em que se paga bem, mas como é tudo muito efêmero, acabo me previnindo para não ter problemas", argumenta a jovem.

Para o analista contábil Elton Otoni, 25, estudante de Ciências Contábeis pela Universidade Paulista, a questão está além de ser informal ou não. "Sempre houve oportunidades para que essa mão-de-obra dita 'irregular' se infiltre na sociedade. Pode-se tomar como exemplos serviços em tese 'simples' como encanadores, pedreiros, diaristas e tantos outros. O filósofo Bertrand Russel disse no livro "Elogio ao Ócio", que o sistema age de forma simplória, em 'tentar retirar ao máximo do ser humano a possibilidade de se dedicar a reflexões que exijam mais do que uma rápida olhadela e uma informação curta, seca e direta', o contexto é político-cultural também", analisa.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Reportagem recorrente a todos nós




Esta é uma reportagem sobre o Serviço Único de Saúde, e foi feita em exercício pela faculdade. Ao observar os contextos, pude perceber o quão este "direito" de qualquer cidadão é escasso em todos os âmbitos.





Saturação Unilateral da Saúde


Por Vinicius Gonçalves



O serviço público brasileiro passa por realidades antagônicas no Brasil. O Serviço Único de Saúde fora criado em 1988 pela Constituição, como forma de padronizar a eficácia do sistema de saúde. Em meio a elogios e críticas, houve melhorias notórias, tomando-se a mão o número de mortalidade infantil que se deu após a implantação do programa, que caiu quase 60% (de 47,1, para 19,3 mortes até um ano de idade, por mil nascidos vivos. A chamada 'classe média' representa hoje 53,6% da população, em números estas pessoas chegam a 31,2 milhões de brasileiros, segundo cálculo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O poder político e de consumo dessas pessoas, lhe permitem que estas peguem pelo serviço privado de saúde. Entretanto o poder público não poderia usar tal argumento para anestesiar as pessoas que são dependentes de seus serviços no âmbito de saúde. Estima-se que um quarto da população é dependente do sistema para tratamentos e consultas.


Bebês, idosos e gestantes se dividem na difícil espera pelo doutor. Após a consulta, outra grande dificuldade: os remédios necessários para o tratamento. "Neste sentido o plano de saúde sempre é um bom investimento, pois parece que a cada gestão de governo o serviço esta cada vez mais triste.", argumenta Mario Pereira dos Santos, 58 anos, aposentado, sobre os abismos que separam o público e o privado no que se refere a saúde.


Ao se fazer o itinerário entre postos vizinhos, o diagnóstico não é diferente entre os espaços. A impaciência se mistura a dor no difícil processo da espera pela consulta. Bebês choram, as mães tentam afagar com mamadeiras, lenços e biscoitos, mas em vão. O espaço não é confortável, pois o calor é grande, a sala de espera é pequena, e essas circunstâncias não se encontram. Ao parâmetro comparativo entre municípios da grande São Paulo, a capital ainda é referência neste quesito para quem já foi contemplado pelas duas plataformas de serviço público: "O serviço de São Paulo ainda é muito melhor que o daqui. Por exemplo, o posto do bairro que é vizinho não atende às pessoas que moram aqui no meu. É um critério estranho...", explica o aposentado Mario, que reside na estância turística de Embú das Artes - Jardim Santo Eduardo.



Aos olhos de quem acompanha esta realidade de perto o sistema tem atingido melhorias ao desdobrar de cada gestão: "O plano é bom, pode melhorar muito mais e trazer maiores benefícios a população, mas isso requer um investimento maior da parte do governo devido ao número grande de pessoas inseridas ao plano..." argumenta o técnico em farmácia Neilton Mateus de Souza, 23 anos e que trabalha no Programa Saúde da Família (PSF) na Unidade Básica de Saúde Santa Inês, zona leste de São Paulo. Sobre o caminho de privatizações que o país sofreu em seu campo de serviços como um todo, o técnico defende que o setor público tome a frente desta premissa: "Privatização não seria o caminho, mas sim maiores parcerias com outras instituições de saúde em todo o Brasil, coisa que tem acontecido em São Paulo, talvez este seria o caminho para uma administração e melhorias ao serviço público de saúde nacional.", enfatiza.


Algumas estatísticas podem referenciadas para se ter parâmetro sobre o investimento do país com a saúde. A despesa nacional oscila em torno de R$ 250 bilhões, dos quais 60% são bancados pelo setor privado (empresas e agregados). A quantia que sobra (menos de 100 bilhões) são retornados ao setor público). Dadas as situações, é possível refletir sobre um aumento significativo de investimentos nesta prestação de serviço. Deficiência semelhante se encontra a frente da educação, em que se destina somente 13% das verbas estatais.


Não faltarão argumentações de todas as vertentes da sociedade, classes A, B, C ou D para para concretizar analogias e reflexões sobre a política pública de saúde no Brasil. A metodologia de troca argumento entre população-governo têm de ser posta à prova em todas as ações do poder público, afinal saúde de qualidade é um uma dos princípios básicos dos 7 direitos básicos de qualquer ser humano. No entanto é preciso (re)discutir novas formas de diálogo numa sociedade de pessoas que acabam por "dividir o mesmo espaço, mas não o mesmo tempo."

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Reinterando

Bom, por onde podemos começar. Creio que não há quase ninguém lendo isso mas vamos lá. Primeiramente gostaria de ressaltar que o blog vai voltar a ativa (se é que já esteve!). Quero agradecer a minha namorada e futura noiva pela reforma do visual, pois estava realmente deprimente.

Vou postar assuntos gerais, como atualidades, dicas culturais e livros (Obs: Assuntos que não me agradem também farão parte). Este é o semestre onde o meu texto vai criar mais autonomia, vai tomar um caminho em virtude dos estudos no curso de Jornalismo. Então sinto que é momento de espairecer colocando o texto pra fora da cabeça.

Por hora é isso. Vou me esforçar para atualizar o blog pelo menos duas vezes por semana.

Obrigado pela paciencia e até mais ver!



Entardecer no Tucuruvi - Por Vinicius Gonçalves

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Checagem

Olá pessoas!

Vou escrever um pouco sobre as coisas que achei importante salientar nessa semana. Comecemos pelos esportes. O Palmeiras mais uma vez mostrou um futebol deprimente em pleno Pq. Antártica. Nem a torcida conseguiu se conter, e não poupou críticas ao técnico Vanderley Luxemburgo que rebateu na coletiva em seguida "nervosinho". Enfim o Palmeiras ainda vive, mas vai ter de correr muito para ganhar do Nacional no Uruguay.

O São Paulo 6-6-3 a cada dia demonstra que está respirando uma leve crise interna, em que até o presidente se manifestou sobre a atuação do elenco. "Faltou competência" criticou com firmeza sua majestade, Juvenal Juvêncio. O Corinthians deve empatar o jogo na Vila Belmiro, aliás empatar é com Mano mesmo. Empatará tendo em vista que infelizmente, o time ainda respira muito com os gols de um tal de "Ronaldo".

Foco Internacional
As relações estão cada vez mais difíceis com a Coréia do Norte. De jeito maneira, seus coronéis querem abrir mão de seus testes, ainda com a insatisfação dos EUA que prometeram interferir se necessário, para a "integridade" mundial. Blefe de Obama? Postura equivocada dos sul-coreanos? Cabe a todos a reflexão.







"Nos defendemos tanto, tanto sem saber porque lutar." - Legião Urbana - Soldados.

domingo, 24 de maio de 2009

Redescobrir



Muito bem companheiros da web. Espero que esse mecanismo me sirva como aproximação daqueles que de alguma forma se identificam (ou não) com a minha forma de pensar. Não vou definir um cunho específico a se falar nesse blog. Mas a intenção é postar o que der vontade! Estudo o primeiro semestre de jornalismo, e espero utilizar esse veículo como um exercício desta prática também.


Peguei uma frase legal sobre jornalismo em uma visita a rádio CBN essa semana: "O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter" - Cláudio Abramo.


Acho que tal frase sintetiza bem o ato humano de exercer jornalismo. A faculdade têm sido o principal prisma, para uma vivência nova e muito frutífera.


Por hora é só isso.


Vou postar a foto da nossa visita à rádio CBN.